Tomando conta do "ouro"

Quem é Zeferina???

Você conhece Zeferina??
Eu não conhecia até ler o release do Seminário "Mulheres de ontem, hoje e sempre", que acontecerá nos dias 28 e 29 próximos, na UNEB, promovido pelo Centro de Estudos Afro Indígenas Americanas (CEPAIA) e o Centro de Estudos Euclydes da Cunha (CEEC).

Neste mesmo evento, haverá a entrega do troféu Zeferina, uma homenagem à personalidades femininas anônimas, negras e indígenas, que se destacaram em trabalhos de desenvolvimento social dentro de suas comunidades.

Esta já é a segunda edição do troféu e do seminário. Na primeira edição, foram premiadas mulheres de referência na cultura afrobaiana, como Maria Neném (homenagem póstuma), que, ainda na século XIX, liderou o Terreiro Tumbaci, bairro de Sussuarana; Ivete Sacramento, ex-reitora da Uneb; Mãe Preta do Maciel, que fundou uma casa de acolhimento onde abriga crianças, filhas de prostitutas que vivem na área; e cinco mulheres indígenas com história de liderança em suas tribos: Barreta Pataxó; Maria Kiriri; Zabelê (tribo Pataxó em Porto Seguro); Jamopoti (tribo Pataxó Hã-hã-hã em Pau Brasil); e Maria do Socorro Tuxá.

E porque Zeferina?

A justificativa:

"Ela foi uma negra que lutou no ano de 1826, à frente do Quilombo do Urubu, área abrangendo extensas matas, mangues e rios, estendendo-se da região hoje denominada Parque de São Bartolomeu até o atual bairro do Cabula. A exemplo de tantas outras mulheres negras, seu nome tem sido mantido no anonimato."

Esta iniciativa não é só interessante pelo reconhecimento que dá a estas mulheres de importância em seus contextos sociais, como também por representar uma forma de resgate e construção da memória da atuação feminina nos eventos históricos e sociais do estado.

Pena abranger somente mulheres negras e indígenas. Iniciativas como essa, antes deveriam abarcar o gênero feminino como todo, em vez de restringir-se a questões étnicas.

Saiba mais do evento em:

http://bmcpm.vilabol.uol.com.br/Index.html

Leia mais em:

“Ó Paí, Ó” será lançado nesta quarta-feira (14)

Na Concha Acústica do TCA.
E com direito a show de Caetano Veloso. Assim como foi no ensaio e no trio elétrico, que divulgaram o filme e sua trilha sonora para baiano e turista ouvir.

O filme é uma adaptação da peça homônima do Bando de Teatro Olodum e faz, numa linguagem cômica, “uma rasura na superfície de uma reordenação urbanística do Pelourinho que violentou territorialidades negras em tentativas vãs de embranquecimento cultural e de desafricanização dos espaços públicos de Salvador”, conforme sinopse do filme.

O roteiro adaptado e direção é da baiana Monique Gardenberg, a mesma que escreveu e dirigiu Jenipapo (em 1966, sendo este seu primeiro filme) e o drama Benjamim (2002), este último baseado no livro de Chico Buarque, do qual foi diretora.

Em seu elenco, além de atores do Bando de Teatro Olodum, do qual o protagonista do filme, Lázaro Ramos, já fez parte, tem-se atores famosos como Stênio Garcia, Wagner Moura e Dira Paes.

Agora, como ainda não vi o filme, posso falar da trilha sonora, que já pode ser ouvida no site oficial do filme (http://www.opaio.com.br/). Traz Paul Simon cantando I miss her e Edson Gomes cantando Lili, sucessos da década de 90, e mais: Gerônimo (É D’Oxum), Caetano, e um pout-pourri de Ralé (Timbalada) e Protesto do Olodum,nas vozes de Tatau, Daniela Mercury, Margareth Menezes. Para quem curtiu esses hits em muitos carnavais, vale a pena ouvir.

A peça que inspirou o filme está em cartaz no teatro Vila Velha (Campo Grande) até o dia 24/03. O filme entrará em cartaz no cinema no dia 30 deste mês.

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Somos Paula e Luciana, estudantes de Jornalismo e Produção Cultural, que estão cursando neste semestre 2007.1, a disciplina Oficina de Jornalismo Digital, ministrado pela professora Beatriz Ribas.

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